segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sábado sem sol 10h de uma manhã linda no Rio de Janeiro, estamos nós no Museu da Republica avaliado os sete meses de trabalho dentro do Projeto Colaboratório 2010. Cansados depois de muito trabalho ao longo do ano... O desgaste emocional evidente, o desafio de está juntos interagindo, as diferenças que se evidenciaram, as imposições, a clareza e falta de clareza nas propostas, o estímulo mútuo, os apegos e “predileções”, agora avaliar tudo é importante e necessário. Foi bom poder ter ali um lugar pra entender o processo na cabeça do outro no fim dessa jornada tão intensa e rica. Foi uma pena não estarem todos colaboradores, mais entendo que em meio ao Panorama e com tantas atividades acontecendo simultaneamente ficou impossível juntar todos, o que não desmerece a importância do nosso ultimo encontro formal, agora cada um volta pra sua realidade para sua cidade, seus trabalhos e desafios de continuar seus caminhos.

Quero começar retomando o momento em que soube do projeto, li o edital e comecei a escrever minha proposta. Na época tinha muito o interesse e a curiosidade na possibilidade de criar em coletivo, tinha também um desafio de me colocar disponível para novamente trabalhar em um grupo tão numeroso e “parafraseando Vitor” muitos matizes. Lembro que se instaurou no primeiro encontrão em Luis Correia uma ansiedade de colaborar de entender como se colocar diante desse exercício que exige muitas entregas e abandonos. Na prática exercitamos a articulações entre eu e o nós, uma sintonia que acontece de várias maneiras, uma dinâmica coletiva só se cria ao longo do tempo e no caso do colaboratório foi necessário nos adaptar com mais frequência a essa mudanças, pois o processo era muito dinâmico com troca de cidades e de orientadores a cada nova residência, nos fazendo compreender melhor a distinção de trabalho, escolha e potencia na interação de idéias. Lá também se instaurou o fantasma da criação coletiva, era necessário aprofundar suas propostas inscritas assim como interagir nas propostas alheias com o perigo de cair na mediocridade, pois existe uma falsa idéia de que mostra um processo coletivo é qualquer coisa, e se cai facilmente na obscuridade, já que se trata de um “processo” se tira dali a expectativa de algo pronto, o que pode ser uma grande armadilha. Como dar o devido peso as coisas? Que energia é necessário ter para, por exemplo, desenvolver e mostrar um processo? E se for um espetáculo? Sei que perguntas como essa são muito complexas e continuaremos buscando-as, até por que nos foi necessário entender e buscar o esforço devido para que a todo tempo os processos saíssem da potencia e se transformassem em ação.




Muitas vezes as idéias não se estabeleciam como processos e ficaram frágeis por um longo tempo, a autonomia fica inconsistente e a ação criativa e de definições de cada projeto pessoal se estrutura de muitas maneiras, na motivação tanto pessoal quanto do coletivo, em entender a si e o coletivo, a idéia de transito livre entre os processos. Tudo pode vir a fragilizar algumas propostas e/ou fortalecer outras. Quero levantar uma questão importante para as próximas edições. Como podemos descobrir mecanismos e condições favoráveis para que o colaboratório chegue mais forte ao final? Como embutir um estado de autonomia individual que reverbera no coletivo e respeito ou trabalho do outro? Penso que nas próximas edições o processo seja mais curto e mais intenso a exemplo das imersões onde estávamos disponíveis e com condições igualitárias de trabalho e dedicação.

Lembro quando começamos esse processo todos estavam entregues as novidades isso é natural, a convivência desgasta e levar as relações com ética e respeito pelo outro pode ser difícil com a rotina. Pra mim por tanto está em coletivo é me motivar mutuamente e se deixar contaminar, se deixar envolver pode ser mais fácil para alguns que para outros. O certo é que às vezes se faz necessário mais que uma opinião é preciso se aprofundar mais na questão e fazer uma analise mais critica da situação. Para se colocar como artistas é fundamental entender o que o motiva a ser artista, é crucial entender que o artista trabalha com relação ao tempo presente, isso deve ter relação direta com a forma de como esse artista se relaciona com os conflitos e problemas que ele elabora do seu presente. Existem várias formas de problematizar esse contexto, sendo mais amplos com as relações que temos tentamos sempre identificar os próprios desejos transformando-os na sua realidade, na prática artística existe sempre presente questões referentes a aspectos políticos e sociais com mesmo peso nos dois contextos. O que identificamos, diagnosticamos, cutucamos, ferimos, ou evidenciamos no nosso presente é então o resultado da nossa arte.

Fecho esse processo feliz e com certeza da “missão” comprida, satisfação de fazer parte desse projeto tão rico que certamente engrandeceu minha formação artística, me abriu para novas possibilidades e me deu novos amigos de profissão. Parabenizo a toda equipe de coordenadores e produtores. Agradeço pela contribuição e atenção dos orientadores e principalmente agradeço a possibilidade de trabalhar com artistas tão diferentes e re-descobrir o sentido da colaboração, estou agora em Teresina num feriado de chuva calma e clima ameno. Acaba o colaboratório 2010 formalmente, mais me deixo sempre aberto e disposição e sei que manteremos mais contatos, é apenas o começo de muitas possibilidades.


Valdemar Santos, Teresina 15 de novembro de2010.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Projeto Duo em Tripé foi o único projeto contemplado em arte cênica DANÇA do estado do Piauí, no Programa BNB de Cultura – Edição 2010 – Parceria com BNDES e foi idealizado por Luis Carlos Vale, coreógrafo do Piauí.
O Projeto “Duo em Tripé” traz um trabalho de exibição de dois corpos distintos em suas peculiaridades que se despedem dos preconceitos e faz do corpo um instrumento de comunicação útil a sociedade.

O dueto e um trabalho entre uma pessoa portadora de necessidade especial (cadeirante) e um bailarino, parceria entre os artistas Meirilane Dutra e Luís Carlos Vale, mas um convidado especial Flavio que é uma pessoa com deficiência auditiva.




O trabalho tem como objetivo principal oportunizar as pessoas com deficiência a desenvolver e expor seus potenciais artísticos, elevando a auto-estima e oferecendo ao público oportunidade de lazer e cultura com apresentações de espetáculo de dança seguida de palestra e debate, bem como fazê-lo refletir sobre as dificuldades e possibilidades das pessoas com deficiência.



O Lançamento e Estreia do Espetáculo acontece no dia 21 de setembro, “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência” no Teatro João Paulo II às 19 horas com entrada franca.

O Projeto espetáculo será realizado em cinco Vilas da cidade de Teresina em praça pública, são elas: Vila Mariana dia 22, Vila da Paz dia 23, Vila Irmã Dulce dia 28, Vila do Avião dia 29 e Vila Operária dia 30 todos no mês de setembro às 17 horas. O circuito de atividades visa valorizar os locais das apresentações como também as pessoas que vivem nestas vilas da cidade levando arte de qualidade para todos.
O espetáculo Duo em Tripé é uma iniciativa da Organização Ponto de Equilíbrio incluso no Projeto Dança Eficiente com parceria com a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves dentro da Coordenação do Projeto Corpo Inclusivo e apoiado pela Gama Refrigeração, empresa de Teresina.

Tendo como Diretor e idealizador Luís Carlos Vale,
intérpretes Luís Carlos Vale, Meirilane Dutra e Flavio Soares,
Coreógrafos Luís Carlos Vale, Daniel Moura e Valdemar Santos,
Figurino Danilo França,
Fotos Michele Tajra,
Produção Mariselha Resplandes,
Produção de Audiovisual Ricardo Sousa,
Consultora Laurita Vale e
Designer Gráfico Jonathans Teixeira.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010



A Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Cultural Monsenhor Chaves abre inscrição para o projeto "Corpo Inclusivo" que tem como principal objetivo, oportunizar que as pessoas com deficiência revelarem suas potencialidades artísticas através da dança, do teatro, das artes plásticas e da musica. Incluindo-os na sociedade por meio da cultura com a perspectiva de abrir espaço e dando oportunidade para que eles mostrar seus potenciais artísticos e garantindo-lhes o direito a arte, entretenimento, e profissionalização através da arte. O projeto promove também a convivência social das pessoas com deficiência proporciona o contato com outros espaços culturais da cidade, e com artistas.

Inicialmente serão oferecidas aulas de Dança de Salão segunda e sábado as 10h e na quarta as 14h. Dança contemporânea segunda, terça, quinta e sexta as 15h. Todas as aulas aconteceram na Casa da Cultura que está sendo reformada e adaptada para acolher o projeto.

A dança como prática social é usada historicamente para expressar e transmitir sentimentos, emoções e conhecimentos. É uma linguagem do corpo usada em diferentes esferas como na religião, no trabalho ou na guerra. Por ser uma linguagem da emoção, modela e acalma o corpo, dando visibilidade aos estados da alma e contagiando o grupo, até que todos compartilhem as mesmas emoções.

A Cia. Dança Eficiente é um projeto em parceria da Organização Ponto de Equilíbrio e Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina – ASCAMTE e tem a frente os profissionais Valdemar Santos e Luis Carlos Vale que desde 2005 realiza um trabalho voluntário de dança com cadeirantes, resultando num belíssimo processo de inclusão social sendo também pioneiro em Teresina. O projeto tem como objetivo principal oportunizar as pessoas com deficiência desenvolver e expor seus potenciais artísticos, elevando a auto-estima e oferecendo ao público um trabalho original, criativo e pioneiro no Estado.

Portanto, a execução do Projeto “Corpo Inclusivo” vem proporcionar a inclusão sócio-cultural e diversão, incentivando as pessoas com deficiência para que possam revelar e estimular seus potencias artísticos, bem como, propiciar ao público teresinense oportunidade de lazer cultural com as apresentações de espetáculo de dança.




Criar uma turma de dança para pessoas com deficiência na Casa da Cultura centro de Teresina.

Oferecer condições de acessibilidade a pessoa portadora de necessidades especiais á dança.

Valorizar o trabalho corporal desenvolvido com as pessoas com deficiência, ajudando a dissolver preconceitos.

Incentivar o fazer artístico das pessoas com deficiência.


Motivar a criação de novos trabalhos, possibilitando a multiplicação de experiências e a valorização do trabalho artístico;

Ampliar e garantir políticas sociais para a pessoa com deficiência;

Retirá-los da ociosidade, transformando-os em agentes de produção cultural;




Mais informações ligue: 8838 5099/ 9994 1543 (valdemar santos)

sábado, 29 de maio de 2010

Membros do Colegiado de Dança,
1. Estivemos reunidos em Brasília-DF já no primeiro dias reivindicação
dos membros do Colegiado de Dança para deliberar sobre o FND e ainda tempo
para elaboração e discussão sobre o proposto pela FUNARTE, com explanação
sobe o novo formato do FNC e competências do Colegiado de Setorial de Dança isto
nos dias 26 e 27, tendo como ponto de pauta principal o Fundo de Artes Cênicas.
Tendo a presença dos senhores Marcelo Veiga CNPC – Marcelo Bones –
FUNARTE – Kleber Rocha MinC e ainda a presença do Coordenador de Danças da
Funarte Leonel Brum.
2. O MinC apresentou a proposta de organização e gestão do Fundo
Nacional de Cultura, que prevê a criação de Comitês Técnicos das 8 áreas
temáticas: dentre elas as artes cênicas, com composição paritária entre gestores
públicos e sociedade civil. Esta estrutura será ainda executada na execução dos
Fundos 2010 e será mantida após a aprovação do Pró-cultura.
A FUNARTE apresentou suas propostas para utilização do Fundo de Artes
Cênicas/2010, dentro do que havia sido adiantado no Debate Cênico pelo Marcelo
Bones do qual comentou da importância do debate e da participação de todos da
área de dança e demais áreas.
3. Vale ressaltar que não foram discutidos os percentuais regionais, pois
nosso foco foi no objetivo de cada um dos programas apresentados e explanados
pelos membros da mesa, e ainda sempre chamando a atenção deste Colegiado
Setorial de Dança para a eleição de seus representantes no Colegiado do CNPC e
ainda no Comitê dos Fundos Setoriais, como também a formatação de um
documento para ser enviado para o CNPC para posterior publicação na SEFIC onde
este iria conter as propostas e proposições de alterações de nomenclaturas e etc.
4. Quanto ao valor total do Fundo, a Funarte está trabalhando com a
proposta de R$ 80 milhões, não estando ainda fora de questão o aumento da verba
para as artes cênicas, pleito que será formalizado pelo Colegiado Setorial de Dança,
junto com as demais propostas deliberadas na reunião. As artes visuais, por
exemplo, estarão trabalhando com o mesmo valor (R$ 80 milhões), sem ter que
atender áreas distintas, como ocorre com Circo, Dança e Teatro as três áreas serão
contempladas.
5. O Colegiado Setorial de Dança deliberou sobre a necessidade de um
programa de mapeamento da área, a ser realizado como 1º Módulo de um projeto
permanente. Quanto às demais propostas, foram consideradas, em geral, positivas.
Não esquecendo também sobre os produtores independentes e o mapeamento
poderá se realizada por uma fonte de pesquisa uma Faculdade visando o termo de
convenio para tal catalogação umas das citadas acredito recordar foi a FAPEF.
6. As diversas Regiões por meio dos seus representantes e membros do
Colegiado Setorial de Dança apresentaram suas propostas, que foram e estarão
sendo consideradas na elaboração dos Editais, como por exemplo, as sugestões
para os Editais de manutenção de Grupos e CIA e fomento à programação de
espaços cênicos.
7. Os Editais KLAUSS VIANNA, MYRIAM MUNIZ, CAREQUINHA,
ARTES CÊNICAS DE RUA, APOIO A FESTIVAIS E BOLSA RESIDÊNCIA TERÃO
SEUS VALORES DOBRADOS, MEDIANTE SUPLEMENTAÇÃO DE VERBA.
8. Marcos Moraes apresentou por meio do coletivo de dança de São
Paulo a proposta de realização de uma 2ª edição do Klauss Vianna, para
possibilitar a inscrição de novos projetos, uma vez que as inscrições já foram
encerradas dependendo somente da questão da greve dos correios e que muitos
deixaram de concorrer por considerarem insuficiente o número de prêmios
concedidos por regiões ainda que estes Editais fossem injetados mais recursos.
9. Marise Siqueira apresentou por coletivo de dança do Rio Grande do
Sul a proposta de inclusão de espaços públicos no programa de fomento à
programação de Espaços Cênicos originalmente destinados apenas a espaços
privados, desde que sua manutenção e gestão não contenham nenhum aporte
orçamentário público e que sejam mantidos por entidades civis sem fins lucrativos,
como nos casos de cessão de uso de imóveis públicos que são totalmente mantidos
pelas atividades artísticas. Frisou como exemplo um antigo prédio do qual funcionará
um hospital e hoje recebe eventos culturais, mas não recebe ajuda alguma do Poder
Executivo e etc.
10. Outras propostas foram apresentadas, e a proposta final do Colegiado
Setorial de Dança será entregue até segunda-feira para o MinC por meio da
representante do Colegiado no Plenário da CNPC eleita para enviar as Propostas
apre4sentandas pelos estados e regiões que deverá ser enviada a FUNARTE, para
receberemos estas propostas mais detalhadas pela FUNARTE.
IMPORTANTE: Ainda há tempo para o recebimento de propostas, pois a FUNARTE
irá considerá-las para a elaboração dos Editais. O importante é nossa manifestação
pela ampliação do valor do Fundo de Artes Cênicas, considerando que o mesmo
atende a três áreas distintas das artes Circo, Dança e Teatro e que seja criado um
Fundo para cada. Dulce comentou dôo termo Artes Cênicas estar tão antigo, e a
novo nomenclatura deverá ser Fundo Setorial do Circo da Dança e do Teatro.
11. Assim sendo todos nós principalmente da Região Norte e demais
regiões precisamos nos mobilizar para minimamente enviando novas e demais.
12. Por fim vale ressaltar a eleição para composição do Colegiado no
Plenário do CNPC e ainda a eleição do representante do Colegiado para o comitê
dos Fundos Setoriais que tem como representantes: Rosa Maria Coimbra - DF
Silva Moura, Suplente-CE Plenário do CNPC e para o Comitê dos Fundos
Setoriais Marise Siqueira (RS), suplente Marila A Vellozo.
Obs: O texto é baseado em informações de Marise Siqueira e de Ana Claudia Costa,
e novo contexto por mim digitalizado adequando também algumas citações que
recordei.

André Durand
Membro do Colegiado Setorial de Dança
Diretor do Grupo Faqra e The Fusion Dance de HIPHOP
Manaus-Amazonas
(92) 9964-7820/9216-2707/8109-4754

sábado, 1 de maio de 2010

FORUM NACIONAL 1 Minuto Para Dança

Entre os dias 29 de Abril a 29 de Maio, a cidade de Teresina(PI) receberá estudiosos, pesquisadores, doutores e artistas do movimento da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que se revezarão em palestras, workshops, lançamento de livros e residências artísticas dirigidos à comunidade artística e acadêmica.. As ações estendem-se por diversos espaços e o acesso a todas estas são gratuitas.

O Fórum é eminentemente de caráter formativo. Uma ação pioneira no Piauí, por inovar nas discussões acerca da dança e democratizar o acesso à informação nesta área.

Contaminações em todos os sentidos. Para todas as direções, todos os lados, níveis, corpos, linguagens, pensamentos, processos, movimentos. Esta é a arquitetura fundamental do pensamento deste projeto. Idealizado pela Cia Luzia Amélia e realizado pela Universidade Federal do Piauí em parceria com a Federal da Bahia.

O Fórum busca articular a dança que é produzida em território piauiense com o restante do Brasil, impulsionando a produção artística e científica, a reflexão, a pesquisa e a troca de idéias. Promovendo junto à comunidade artística e acadêmica a questão da dança como área de conhecimento. Sua transversalidade na educação e sua inserção no campo científico. Para tanto, esta iniciativa é ponta pé para a criação da primeira Graduação em Dança no Estado, idéia que já vem sendo articulada junto a UFPI e que será amplamente discutida durante todo o encontro.

“A abertura da graduação em dança faz-se urgente, chegou o nosso momento!.”, pontua Profª Drª. Zozilena Fróz, da Coordenadação da de ação Cultural da UFPI.

O Corpo, A Dança e o Conhecimento serão os protagonistas deste Fórum, que se sustenta sobre três eixos temáticos: Formação, Produção e Políticas Públicas. Propositadamente interligados para disseminar novas idéias no ensino-aprendizagem da dança; incorporar sentidos baseadas na arte-educação, dança contemporânea e outras linguagens; e intercambiar experiências entre profissionais e amadores, fortalecendo, assim, este movimento, ávido por espaço.




Convidadas da Universidade da Federal da Bahia
DULCE AQUINO

Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Diretora e professora da Graduação e Pós-Graduação da Escola de Dança da UFBA, Membro do Conselho de Ensino e Extensão de desta mesma instituição. Consultora pedagógica da Faculdade Angel Viana/RJ. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Dança. Atuando principalmente nos temas: Dança, Arte, Corpo, Espaço e Cultura.

LENIRA RENGEL

Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Mestre em Artes/Dança pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Graduada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA/USP - Bacharel em Direção Teatral. Professora adjunta da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, na Graduação, Departamento de Técnicas e Práticas Corporais e na Pós-Graduação - Mestrado e Especialização. Especialista na Arte de Movimento de Rudolf Laban e sua inserção no pensamento contemporâneo na Dança, nas Artes e no Ensino e Apredizagem. Em 1977 iniciou seus estudos com Maria Duschenes (introdutora da Arte de Movimento de Laban no Brasil);

GILSAMARA MOURA

Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP (2008), com pesquisa sobre políticas públicas em dança. Atua como curadora, bailarina, coreógrafa e consultora de projetos coreográficos. Tem desenvolvido pesquisa em Dança sobre percepção visual, neurônios-espelho e improvisação. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação da UFBA. Professora Adjunta da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia. Coordena o Projeto de Extensão GDC-Grupo de Dança Contemporânea da UFBA;

LÚCIA MATOS

Doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, onde atua como professora adjunta da Escola de Dança nos cursos de Graduação e Pós Graduação. Mestra em Educação (PPGE/UFBA) e licenciada em Dança. É co-líder e pesquisadora do PROCEDA (UFBA), atuando nas linhas de pesquisa: Processos Educacionais e Processos Corporeográficos. Coordena o projeto Redanças: redes colaborativas em dança como ação política. É associada do Fórum Nacional de Dança, da World Dance Aliance – WDA. Faz parte do grupo Gestor da Red Sudamericana de Danza – RSD.


--
www.cialuziaamelia.com
r. félix pacheco, 1296, centro
teresina, piauí, brasil
fone 55.86.3221.1977
DIVULGANDO:

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O 20º FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS - PE.
ATENÇÃO - ATÉ O DIA 10 DE MAIO.

ACESSE O EMAIL DA FUNDARPE WWW.FUNDARPE.PE.GOV.BR E VEJA
A CONVOCATÓRIA
OS FORMULÁRIOS DE INSCRIÇÃO DE CADA ÁREA/LINGUAGEM CULTURAL E
A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA.

TERESA AMARAL
COORDENADORA DE ARTES CÊNICAS - FUNDARPE

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dança Eficiente
É o trabalho de pessoas com e sem deficiencia que buscam através da dança, expressar emoções. Estudamos e pesquisamos a dança, nossos corpos tão diferentes e muitas vezes tão limitados, copos sigulares, ímpares, unicos, corpos que não podem voar por isso dançam.



Quero primeiro agradecer pela oportunidade de representar a voz de muitos profissionais que tem na dança a possibilidade de expressar sua arte. Quero também agradecer em especial o apoio da Assembléia Legislativa, que entrou como parceira na realização do evento.

O Dia da dança é comemorado em todo mundo e busca dar mais visibilidade a dança, abrindo espaço para uma discussão em torno de sua função e importância na sociedade. Teresina ou melhor, o Piauí não poderia está fora dessa comemoração.

Tive nesse ano a oportunidade de está como representante da dança piauiense na II Conferencia Nacional de Cultura onde pude ter contato com profissionais de todo território nacional e dessa forma conhecer um pouco a realidade da dança brasileira. Foram muitas as questões levantadas nas diferentes regiões, as experiências e desafios se assemelham e as dificuldades também, a falta de apoio financeiro, a idéia de que a dança é só passa tempo ainda insiste em alguns meios. Porém o que considero mais urgente a nossa realidade são as que tratam do assunto formação, fruição, questões que se referem ao ensino e formação em dança e do fomento da dança em todo Estado. Pois a realidade hoje no Piauí é que, a dança só acontece em Teresina o que deixa muitos potenciais espalhados pelo Estado sem oportunidade. Outra questão importante é a aproximação dos agentes e profissionais que trabalhem com cultura com o Legislativo para que construam um diálogo consistente, elaborando leis e apoiando projetos que fortaleçam os alicerces e fomente a dança no Estado.

Quero também filosofar um pouco sobre a força e importância do discurso positivo nesse sentido, conhecendo melhor nossa dança a sociedade pode construir um discurso positivo ao seu respeito, divulgando e valorizando esse nosso potencial, assim como acontece em outras áreas como o turismo por exemplo.

São muitos os exemplos positivos que temos na dança do Piauí, ao longo dos anos temos conseguido visibilidade nacional e destaque em festivais e mostras por todo mundo, são exemplos Lina do Carmo, Marcelo Evelin, Lenora Lobo, Eleonora Paiva e todos que atuam hoje e que conquistam a cada dia mais espaço e respeito.
Quero agradecer especialmente a Deus, todos os grupos, coletivos, academia e principalmente os artistas que vivem por e para da dança.

FELIZ DIA MUNDIAL DA DANÇA PARA TODOS E TODAS...

ASS. Valdemar Santos (Diretor Artístico da Organização Ponto de Equilíbrio)

Esse foi o discurso na Abertura do Dia Mundial da Dança.

sábado, 24 de abril de 2010

O Dia da Dança é na próxima quinta dia 29 de abril ee foi promovido pelo Conselho Internacional de Dança (CID), uma organização interna da UNESCO para todos tipos de dança. A comemoração foi introduzida em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO. A data comemora o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), o criador do balé moderno.

Aqui, começaremos esse dia com um delicioso café da manhã oferecido pela Assembléia Legislativa do Piauí que abri oficialmente o dia da Dança. A partir das 8h da manhã ocuparemos o espaço da Assembléia com nossa dança, teremos bailarinos no entorno, na recepção e dentro da instituição, fazendo interferências e fomentando a dança ao publico daquela casa, dessa forma acreditamos aproximar-mos do legislativo e assim criamos em parcerias estratégias para o fomento da Dança no Estado.




Convocamos os bailarinos, professores, coreógrafos, produtores, amantes da dança e claro o publico. Esse é sem dúvida um acontecimento que marca um novo momento para a dança e possibilita novas perspectivas para seu fomento.

Entre os objetivos na promoção do Dia Mundial da Dança está, valorizar a importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos e a sociedade para fornecerem um local próprio para realização da dança em todos sistemas de educação, do ensino infantil ao superior.

Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo.

Pretendemos fazer um "Diagnostico da Dança Piauiense- Formação/Desenvolvimento/Perspectivas" dando inicio aos processos de conhecer/problematizar/definir metas, planos e prazos, fortalecendo a questão política dos artistas da dança.






O Coletivo Piauí dança é formado por mais de 200 artista que encontra na dança forma de expressar sua arte, é também aberto a todos que queiram trabalhar em parcerias para o desenvolvimento da DANÇA.


Programação Dia Mundial da dança
Dia 29 de Abril de 2010

8h. Café da Manhã “Abretura do Dia Mundial da Dança” - Assembléia Legislativa.
10h. Mesa redonda “Diagnostico da dança no Piauí” - Theatro 4 de Setembro.

12h. Mostra de vídeos de dança - Sala Torquato Neto.

13h. Almoço de confraternização - Restaurante Popular do Piauí.
15h. Workshop - Theatro 4 de Setembro.
16h. Aulas abertas - Praça Pedro II.
17h. Mostrinha de Dança - Theatro 4 de Setembro.

19h. Abertura da Exposição / Fórum - Clube dos diários.
20h. Mostra Inteligente de Dança - Teatro 4 de setembro.
22h. Confraternização de Enceramento - Café Arte Bar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

17 artistas contemporâneos de diferentes partes do Brasil e da América do Sul participam.

Quais tipos de trabalhos podem surgir quando 17 artistas contemporâneos de diferentes partes do Brasil e da América do Sul, dividem o mesmo espaço em três semanas de imersão em conceito, produção e pensamento? A resposta pode estar no SESC - Praia de Luís Correia entre os dias 26 de abril e 14 de maio, quando tem início o projeto coLABoratório 2010, que acontece sob esforços da Associação Cultural Panorama, do Rio de Janeiro, e dos piauienses do Núcleo do Dirceu.

O projeto financiado pela União Européia, lança uma esquema de produção de arte contemporânea através do reconhecimento e troca de experiências entre artistas de diferentes partes do Brasil, América Latina, África e Europa. Selecionados em edital que teve resultado divulgado no dia 5 de março, os artistas são concentrados em duas cidades-núcleo, Rio de Janeiro e Teresina. Pessoas com visões e opiniões distintas colocam em obras uma oportunidade de confundir fronteiras entre distantes realidades e rotinas.

O coLABoratório oferece estas três primeiras semanas em um “Encontrão”. Vivendo, conversando, partilhando e reconhecendo referências na bagagem cultural um do outro, os 17 artistas terão liberdade para se dividirem em grupos de maior afinidade, para então, iniciarem suas produções. O projeto que nasce de duas organizações que usam dança como principal plataforma, Panorama e Núcleo do Dirceu, não restringe a produção dos artistas a nenhuma expressão específica. Como pré-requisito, apenas a disposição contemporânea de fazer arte.

Três dos maiores nomes da dança contemporânea brasileira vão acompanhar os 17 artistas no Encontrão. Christine Greiner, conceituada pesquisadora, crítica e professora doutora da PUC em São Paulo, inicia os trabalhos na primeira semana, onde será oferecido um leque de referenciais teóricos que apontem um caminho reflexivo para que será produtivo.

Na segunda semana, o olhar externo auxiliador é o de Jorge Alencar. Pesquisador da Universidade Federal da Bahia, artista multi-midiático premiado e nome à frente da direção do Dimenti, coletivo de artistas em dança contemporânea de Salvador. A soma entre o contato com a prática e a teoria de Jorge Alencar, torna disponível aos participantes do coLABoratório, um viés diferenciado nos trabalhos que na altura da presença, já devem estar em concepções engatilhadas.

Como um agregador entre a prática, a teoria, as conversas e as idéias, o dançarino e coreógrafo Marcelo Evelin, do Núcleo do Dirceu, assume a orientação aos artistas na última semana do Encontrão. Nos últimos sete dias do evento, serão definidos as intenções de trabalhos e os grupos específicos de artistas, que devem se encontrar em outras quatro ocasiões no espaço de sete meses. Em novembro, no Festival Panorama de Dança 2010 no Rio de Janeiro, devem ser apresentadas as obras frutos deste processo.

A abertura do coLABoratório em Luis Correa, no dia 26 de abril, conta ainda com a palestra do diretor-geral e um dos coordenadores artísticos do projeto, Eduardo Bonito. Recepcionando os artistas, ele destina as palavras para falar das missões e singularidades da edição 2010 do coLABoratório .

O Festival Panorama de Dança é financiado pela União Européia através do programa Culture 2007-2013, e conta com a parceria do Garajstambul, da Turquia, do Artsadmin, da Inglaterra, e do Festival de Alkantara em Portugal. O Encontrão conta com o apoio e incentivo do SESC Piauí.

mais detalhes acesse: http://www.cidadeverde.com/sesc-praia-de-luis-correia-lanca-projeto-colaboratorio-56852

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Diagnóstico Cultural, Parte II

Das Propostas Inovadoras

Eixo 1 – Produção Simbólica e Diversidade Cultural: Criar, sistematizar e efetivar programas e projetos para a formação de profissionais na área, fomentando e facilitando a abertura de cursos de licenciatura e/ou bacharelado em dança nas universidades públicas brasileiras, além de outros mecanismos de reconhecimento e/ou qualificação para o ensino não formal.

Eixo 2 – Cultura, Cidade e Cidadania: Garantir a criação de uma Diretoria de Dança na FUNARTE e a implantação de diretorias e/ou coordenações de Dança na estrutura organizativa dos municípios, estados e Distrito Federal, com cargos ocupados por profissionais da área com reconhecida atuação no campo da dança.

Eixo 3 – Cultura e Desenvolvimento Sustentável: Criar marcos regulatórios (Lei da Dança), articulando ações entre o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Ministério da Cultura – MinC e Ministério da Educação – MEC que assegurem o pleno exercício dessa profissão, estabelecendo pontes entre esses e as instâncias estaduais, distrital e municipais.

Eixo 4 – Cultura e Economia Criativa: Criação e implementação de leis de fomento e fundos setoriais para a dança nas esferas federal, estadual, municipal e distrital, com dotação orçamentária definida, critérios transparentes de seleção e distribuição de valores.

Eixo 5 – Gestão e Institucionalidade da Cultura: Assegurar a versão completa do Plano Setorial da Dança, elaborado pelo Colegiado Setorial em 2009, para disponibilidade por um prazo mínimo de 45 dias para consulta pública, e que todas as sugestões e alterações sejam consideradas pela nova composição do Colegiado Setorial de Dança, e sua versão final seja legitimada pelas instâncias legislativas em caráter de urgência.

"Quando você dança, seu propósito não é chegar a determinado lugar. É aproveitar cada passo do caminho."
(Wayne Dyer)

“A minha dança é mais que um ritmo exato,
Ela é a expressão da minha alma
Ela é aquilo que as palavras não conseguem expressar”.
Juliana Sandrely

“O Ser Humano sempre expressou seus sentimentos através da dança, onde ele manifesta sua comunhão com o universo”.
Joakim Antonio

"A Dança é uma manifestação cultural muito forte, ela tem muito a dizer. Alem do trabalho físico e mental, acho que tem algo espiritual muito forte, que mexe com as pessoas que trabalham com ela”.
(Mario Nascimento - coreógrafo)

"Dançar é sentir, sentir é sofre, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"
Isadora Duncan

"Dança é a única arte na qual nós mesmos somos o material de que ela é feita."
Ted Shawn

"Dance com os Anjos e as estradas do Universo te conduzirá à festa no Cosmo!"
Maria Tereza Kuhlmann de Mello

A arte de viver é mais parecida com a luta do que com a dança, na medida em que está pronta para enfrentar tanto o inesperado como o imprevisto e não está preparada para cair.
Marco Aurélio

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

Fernando Sabino

“Não quero pessoas que queiram dançar, quero pessoas que precisem dançar.”
George Balanchine

“A dança: Tudo que é vivo se move, movimento é vida! Dançar é mover-se com consciência, é plasmar no corpo o sentimento de vida. É a mais pura expressão do ser”!

A aprovação do marco regulatórios da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, foi à proposta mais votada (754 votos). O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) e proposta de emenda constitucional (PEC) 150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais. A proposta também explicita o apoio à aprovação do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), que atualiza a Lei Rouanet.

Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.
Entre os destaques está a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região – a ser incluído em editais de novos projetos -, a ampliação do acesso à internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais. O marco legal para os Pontos de Cultura e a Lei Griô Nacional também estiveram entre as propostas mais votadas.

"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe a sociedade, por mais perfeita que seja não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro."
(Albert Camus)

"A cultura é a busca da nossa perfeição total mediante a tentativa de conhecer o melhor possível o que foi dito ou pensado no mundo, em todas as questões que nos dizem respeito."
(Matthew Arnold)

"A cultura não deve sofrer nenhuma coerção por parte do poder, político ou econômico, mas ser ajudada por um e por outro em todas as formas de iniciativa pública e privada conforme o verdadeiro humanismo, a tradição e o espírito autêntico de cada povo."
(Papa João Paulo II)

"Quando você desenvolve a cultura, multiplica o espaço para vozes que refletem sobre os problemas da sociedade. Se o Ministério da Cultura funcionar, a criticidade da cultura brasileira dará grande contribuição ao desenvolvimento democrático do país."
(Francisco Weffort)

Texto: André Durand

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Piauí Dança 2010

A Organização ponto de equilíbrio, apresenta a proposta piloto para comemoração do dia da dança em TERESINA.

Dia 29/04/2010
8h. Mesa redonda “Diagnostico da dança no Piauí” (Palestrantes ainda a confirmar)
11h. Mostra de vídeos de dança (Clube dos diários)
13h. Almoço de confraternização
15h. Workshop (Facilitador a confirmar)
17h. Aula aberta para publico em geral, nas ruas do centro: Dança de salão e Hip Hop.
18h. Apresentações:
Balé da cidade de Teresina, Balé Popular do Piauí, Só homens Cia. de dança, Virtus Cia. de dança, Cia. equilíbrio de dança, Núcleo de Dança Casa de Zabelê, Arte Dança, Coisa de Nego, NAI Dirceu, Band Dança, Academia Helly Batista, Academia Julio Cesar, Passos a dois, Cia. Dança Eficiente, Movimento Strit, Horus Cia. de Dança, Academia Le Ballet, Balé de Teresina, Nação Tremembé, Cleide Fernando, Pass Classic, Escola de Dança Lenir Agento, entre outros.
DIA 29 DE ABRIL
DIA INTERNACIONAL DA DANÇA

No Brasil inteiro a DANÇA celebra, protesta, expressa e se mobiliza em defesa de
ações e programas específicos nas políticas públicas voltadas ao setor.

Em São Paulo será realizado um Seminário sobre POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DANÇA

Local: CÂMARA DOS VEREADORES (19 horas) - Auditório Prestes Maia.

Idealização e Organização:

Cooperativa Paulista de Dança / Convoca Dança / Movimento Mobilização Dança.

Mais detalhes em breve...

* Marque na sua agenda e compareça !!!

Sua presença é fundamental.

Somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos. (Shakespeare)


e-mail enviado por: Solange Borelli (SP)


Mandem a programação de sua cidade para ser postada aqui.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Palavras da Coordenação de Dança da Funarte

Durante a Pré-conferência Setorial e a II Conferência Nacional de Cultura presenciamos um momento histórico inédito, no qual se deu o encontro da dança brasileira de uma forma abrangente e diversa.

Em um ambiente de pluralidade, conseguimos integrar as vozes de muitas danças, testemunhando a produção, o dia a dia e as carências da arte em várias partes do país.

Através do trabalho coletivo e momentos de intenso debate, conseguimos traçar estratégias referentes a algumas das mais urgentes demandas da área.

Da mesma forma, as articulações, as avaliações e, acima de tudo, os entendimentos entre as diversas vozes traçaram a escolha dos grupos que representariam a dança perante o Estado daqui para frente.

Pensando nesse grande movimento, em tudo que ele proporcionou e em tudo que virá a repercutir na dança brasileira, agradecemos a todos os delegados da sociedade civil, delegados do poder público, membros do Colegiado Setorial de Dança, convidados e observadores.

Agradecemos pelo esforço do trabalho em conjunto, pela colaboração, pela dedicação e pela disponibilidade desde a organização das assembléias em cada estado até o encontro final em Brasília.

Agradecemos também aos escolhidos para representarem à dança no II Conferência Nacional de Cultura, pela união e pela grande força que demonstraram nos momentos de articulação e de defesa do trabalho realizado durante a Pré-conferência.

E finalmente, saudamos os membros da nova composição do Colegiado Setorial de Dança, parabenizando também os que permanecem dando continuidade ao importante trabalho que vem sendo realizado ao longo dos últimos anos.

Muito obrigado a todos por terem participado da construção desse momento histórico da dança que mora em nosso país!

Coordenação de Dança da Funarte

terça-feira, 23 de março de 2010

Diagnóstico Cultural, Parte I

Falando especificamente de Cultura entende-se um amontoado de manifestações, seja num amplo encontro de etnias, dentre outras ramificações de povos e origens, culturalmente fincadas neste enorme Brasil com sua diversidade sem desrespeitar o próximo.

Durante a Pré-Conferência Setorial de Cultura e da II Conferência Nacional de Cultura, surge uma enorme manifestação por interesses culturais de apoio e estimulo a realização de ações voltadas à cultura em geral com setores voltados a Musica, a Dança, Produção, Educação, Artes Visuais, Digitais, Canto, Crença, Religião, Costumes e Tradições étnicas.

Diversidade e Cultura

Todo o empenho e determinação de todos fortaleceram a Diversidade enquanto a Pré-Conferência de Cultura, tendo em vista o grande reconhecimento de todos os Estados quanto à integração de cunhos de efetividade na formação do novo colegiado de Dança.
O fortalecimento surge quando a divisão dos Delegados por macro-região foi feita com maestria e talento, em sua divisão e composição por Estado.
O Colegiado se fortalece com novos pensadores da Dança e grandes pensadores que estavam e permanecem para enriquecer mais ainda a dança e suas variações.


Arte pela Arte

Quando se fala de Arte podemos falar de contextos de estímulos ao fazer arte. E arte pela arte é o que fazemos na dança uma Arte em geral, de amor e determinação que muitas vezes não é reconhecida como arte por nossos governantes.
A dança é algo tão profundo dentro de nós que já estamos a tempo nesse ramo que não queremos deixar, a não ser quando o inesperado chega. Mas a vida nos estimula a permanecer nesta Arvore dançante e deixar nossas sementinhas plantadas em palcos e linóleos desse enorme Brasil de múltiplas artes que dançam.

Os destaques da II Conferência

Entre os destaques está a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “CUSTO AMAZÔNICO” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região, a ser incluído em editais de novos projetos, dos quais promovam a ampliação do acesso a Internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais.

Este Custo determinado Amazônico fortalecerá a Região Norte e seus Estados e nós Amazônidas estaremos com todos os que produzem a dança, o canto, à música, a arte como um todo. Os avanços na II Conferência com o propósito de inovação da Lei Roaunet, que segue com nova proposta seja nas pré-setoriais que com a aprovação das propostas inovadoras e conhecedoras de cada área atuará no fortalecimento de tudo pra todos.

Texto de André Durand. Manaus AM

sábado, 20 de março de 2010

Aprovação do PNC na CCJC Prioridade da II CNC, Plano Nacional de Cultura é aprovado na Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCCJ), da Câmara dos Deputados, aprovou na tarde desta terça-feira, 16 de março, o Projeto de Lei nº 6.835/2006, que aprova o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto prevê diretrizes, objetivos e ações na área da Cultura para a União, os estados e os municípios, tornando a política cultural uma política de Estado. Essa é a primeira vez que o país consolida um planejamento de médio e longo prazo para esse setor. São dez anos, no total, com revisão a cada quatro. A aprovação é definitiva na Casa legislativa e a proposta vai, agora, para o Senado Federal.

Conheça as cinco diretrizes do Plano Nacional de Cultura:

1. Fortalecer a ação do estado no planejamento e na execução das políticas culturais, intensificar o planejamento de programas e ações voltadas ao campo cultural e consolidar a execução de políticas públicas para cultura;

2. Reconhecer e valorizar a diversidade e proteger e promover as artes e expressões culturais;

3. Universalizar o acesso dos brasileiros à arte e à cultura, qualificar ambientes e equipamentos culturais e permitir aos criadores o acesso às condições e meios de produção cultural;

4. Ampliar a participação da cultura no desenvolvimento socioeconômico sustentável, promover as condições necessárias para a consolidação da economia da cultura e induzir estratégias de sustentabilidade nos processos culturais; e

5. Estimular a organização de instâncias consultivas, construir mecanismos de participação da sociedade civil e ampliar o diálogo com os agentes culturais e criadores.

A aprovação do Plano Nacional de Cultura foi um das 32 prioridades da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), finalizada no domingo, 14 de março, em Brasília. Desde suas etapas preparatórias, o evento reuniu mais de 220 mil representantes de todo o país para elaborarem estratégias para a política cultural brasileira.

O texto do relator, deputado Emiliano José (PT-BA), passou em votação unânime da CCJC. Agora, depois do prazo regimental de cinco dias para recurso, segue para tramitação no Senado Federal, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado nas Comissões de Educação e Cultura e de Constituição, Justiça e Cidadania, segue direto para a sanção presidencial.

Logo após o final da sessão, o deputado Emiliano José declarou que esse é um ganho para os produtores, para os criadores, mas principalmente para o povo brasileiro. “Aqui, fazemos a política cultural ganhar corpo e financiamento efetivos”, disse.

Desdobramentos

Depois que o PNC entrar em vigor, estados e municípios poderão aderir ao Plano, comprometendo-se, assim, a elaborar seus planos locais. Para isso, contarão com apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura.

“Com isso, iniciaremos uma nova etapa na política cultural brasileira, que é a responsabilização de todos os entes federativos e a participação concreta da sociedade. Outras políticas, como saúde e mais recentemente a assistência social, têm nos mostrado que, só quando ações e metas são compartilhadas, temos bons resultados”, afirma o coordenador-geral de Acompanhamento da Política Cultural do MinC, Maurício Dantas.

Um próximo passo será a criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que estabelecerá mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil. A Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema, a PEC 416/2005, também está em tramitação na Câmara dos Deputados.

No que diz respeito a financiamento, o Fundo Nacional da Cultura (FNC) será a principal fonte de recursos. O repasse para estados deverá ser feito, preferencialmente, para os fundos estaduais.

O texto aprovado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados é resultado de um esforço da Comissão de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura em ouvir a população. Ao longo de 2008, foram realizados 27 seminários nos estados e no Distrito Federal, com caráter de audiência pública, para aprimoramento do texto original do deputado Gilmar Machado (PT-MG). Participaram dos encontros mais de cinco mil pessoas.

Saiba mais sobre o Plano Nacional de Cultura:

blogs.cultura.gov.br/pnc.


(Texto: Ismália Afonso, Ascom SPC/MinC)
(Fotos: Rafael de Oliveira, Comunicação Social/MinC)

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Plano Nacional de Cultura (PNC)

O Plano Nacional de Cultura (PNC) foi elaborado para reverter estatísticas que apontam que grande parte da população brasileira não tem o hábito de ler e não frequenta teatros, museus ou cinemas. Os recursos públicos e os serviços culturais se concentram em poucas regiões do país e não atendem a todas as camadas da sociedade. Pesquisas mostram também que as ações para garantir a promoção e a proteção de culturas indígenas e grupos afro-brasileiros são insuficientes.
Diante desse cenário, o PNC começou a ser discutido em 2003, com a participação da sociedade civil, para promover a universalização do acesso à produção e ao consumo de bens e serviços culturais no Brasil. A Conferência Nacional de Cultura de 2005, as Câmaras Setoriais e conselhos do Ministério da Cultura (MinC) influenciaram o planejamento da ação do Estado.

Entre as ações propostas estão estimular a criação artística, democratizar as condições de produção, oferecer formação profissional, preservar o patrimônio e difundir valores culturais, desde que respeitados os direitos autorais e de acesso.
O PNC também prevê o fortalecimento da ação do Estado no planejamento e execução das políticas culturais, a valorização da diversidade artística e cultural brasileira e a consolidação dos sistemas de participação social na gestão das políticas culturais.
O PNC foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em 23 de setembro de 2009.

terça-feira, 16 de março de 2010

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS, II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA

EIXO1: PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

SUB–EIXO: 1.1 - Produção de Arte e Bens Simbólicos

1 - Implementar políticas de intercâmbio em nível regional, nacional e internacional entre os segmentos artísticos e culturais englobando das manifestações populares tradicionais às contemporâneas que contemplem a realização de mostras, feiras, festivais, oficinas, fóruns, intervenções urbanas, dentre outras ações, estabelecendo um calendário anual que interligue todas as regiões brasileiras, com ampla divulgação, priorizando os grupos mais vulneráveis às dinâmicas excludentes da globalização, com o objetivo de valorizar a diversidade cultural.

6 - Registrar, valorizar, preservar, e promover as manifestações de comunidades e povos tradicionais (conforme o decreto federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007), itinerantes, nômades, das culturas populares, comunidades ayahuasqueiras, LGBT, de imigrantes, entre outros com a difusão de seus símbolos, pinturas, instrumentos, danças, músicas, e memórias dos antigos, por meio de apresentações ou produção de CDs, DVDs, livros, fotografias, exposições e audiovisuais, incentivando o mapeamento e inventário das referencias culturais desses grupos e comunidades.

SUB–EIXO: 1.2 - Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais

17 - Garantir políticas públicas de combate à discriminação, ao preconceito e à intolerância religiosa por meio de: a) campanhas educativas na mídia, em horário nobre, mostrando as diversas raças e etnias existentes em nosso país, ressaltando o caráter criminoso da discriminação racial; b) demarcação de terras das populações tradicionais (ribeirinhos, seringueiros, indígenas e quilombolas), estendendo serviços sociais e culturais a essa população, a fim de garantir sua permanência na terra; c) campanhas contra homofobia visando respeito a diversidade sexual e identidades de gênero.

18 - Implementar a Convenção da Diversidade Cultural por meio de ações sócio-educativas nas diversas linguagens culturais (literatura, dança, teatro, memória e outras), e as linguagens especificas próprias dos povos e culturas tradicionais, conforme o decreto federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007 dirigidas a públicos específicos: crianças, jovens, adultos, melhor idade.

SUB – EIXO: 1.3 - Cultura, Educação e Criatividade

22 - Articular a política cultural (MINC e outros) com a política educacional (MEC e outros) nas três esferas governamentais para elaborar e implementar conteúdos programáticos nas disciplinas curriculares e extracurriculares dedicados à cultura, à preservação do patrimônio, memória e à história afro-brasileira, indígena e de imigrantes ao desenvolvimento sustentável e ao ensino das diferentes linguagens artísticas, inclusive arte digital e línguas étnicas do território nacional, de
matriz africana e indígena, e ao ensino de línguas, inserindo-os no Plano Nacional de
Educação,sob a perspectiva da diversidade e pluralidade cultural, nas escolas, desde o ensino fundamental, universidades públicas e privadas com a devida capacitação dos profissionais da educação, por meio da troca de saberes com os mestres da cultura popular nos sistemas municipais, estaduais e federais, bem como (26) Garantir condições financeiras e pedagógicas para a efetiva aplicação da disciplina "Língua e Cultura Local".

36 - Instituir a lei Griô, que estabelece uma política nacional de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, em diálogo com a educação formal, para promover o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro, por meio do reconhecimento político, econômico e sociocultural dos Grios Mestres e Mestras da tradição oral, acompanhado por uma proposta de um programa nacional, a ser instituído, regulamentado e implantado no âmbito do MINC e do Sistema Nacional de Cultura.

SUB–EIXO: 1.4 - Cultura, Comunicação e Democracia

63 - Garantir que o acesso a internet seja realizado em regime de serviço publico e avançar com a formulação e implantação do plano nacional de banda larga contemplando as instituições culturais e suas demandas por aplicação e serviços específicos.
68. Regulamentar e implementar o capitulo da comunicação social na Constituição Federal, tendo em vista a integração das políticas de comunicação e cultura, em especial o artigo 223, que garante a complementaridade dos sistemas publico, privado e estatal. Fortalecer as emissoras de radio e TV do campo público (comunitárias, educativas, universitárias e legislativas) e incentivar a produção simbólica que promova a diversidade cultural e regional brasileira, produzida de forma
independente. Implantar mecanismos que viabilizem o efetivo controle social sobre os veículos do campo público de comunicação e criar um sistema de financiamento que articule a participação da união, estados e municípios.

EIXO 2: CULTURA, CIDADE E CIDADANIA

Subeixo 2.1: Cidade como fenômeno cultural

80 - Estabelecer uma política nacional integrada entre os governos federal, estaduais, municipais e no Distrito Federal, visando a criação de fontes de financiamento, vinculação e repasses de recursos que permitam a instalação, construção, manutenção e requalificação de espaços e complexos culturais com acessibilidade plena: teatros, bibliotecas, museus, memoriais, espaços
de espetáculos, de audiovisual, de criação, produção e difusão de tecnologias e artes digitais, priorizando a ocupação dos patrimônios da união, dos estados, municípios e do Distrito Federal em desuso no país.

83 - Criar marco regulatório (Lei Cultura Viva) que garanta que os Pontos de Cultura se tornem política de Estado garantindo a ampliação no número de Pontos contemplando ao menos um em cada município brasileiro e Distrito Federal, priorizando populações em situação de vulnerabilidade social de modo a fortalecer a rede nacional dos Pontos de Cultura.

SUB–EIXO: 2.2 - Memória e Transformação Social

101 - Incluir na agenda política e econômica da União, estados, municípios e no Distrito Federal o fomento à leitura por meio da criação de bibliotecas públicas, urbanas e rurais em todos os Municípios, com fortalecimento e ampliação dos acervos bibliográficos e arquivísticos, infraestrutura,acesso a novas tecnologias de inclusão digital, capacitação de recursos humanos, bem como ações da sociedade civil e da iniciativa privada,com objetivo de democratizar o acesso à cultura oral, letrada e digital.

112 – Propiciar condições plenas de funcionamento ao Ibram de modo a garantir com sua
atuação, que os museus brasileiros sejam consolidados como territórios de salvaguarda e difusão de valores democráticos e de cidadania, colocadas a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar o fortalecimento e a manifestação das identidades, a percepção crítica e reflexiva da realidade, a produção de conhecimento, a promoção da dignidade humana e oportunidades de
lazer.

SUB–EIXO: 2.3 - Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais

124 – Criar dispositivos de atualização da lei de direitos autorais em consonância com os novos modos de fruição e produção cultural que surgiram a partir das novas tecnologias garantindo o livre acesso a bens culturais compartilhados sem fins econômicos desde que não cause prejuízos ao(s) titular(es) da obra, facilitando o uso de licenças livres e a produção colaborativa,considerando a transnacionalidade de produtos e processos de forma que se atinja o equilíbrio entre o direito da sociedade de acesso a informação e a cultura e o direito do criador de ter sua
obra protegida, assim como o equilíbrio entre os interesses do autor e do investidor.

131 – Assegurar a destinação dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para a cultura, aos programas de sustentabilidade e desenvolvimento do Sistema Nacional de Cultura, ampliando os investimentos nos programas que envolvam conveniamentos entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

EIXO 3: CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SUB–EIXO: 3.1 - Centralidade e Transversalidade da Cultura


140 – Implementar e fortalecer as políticas culturais dos estados, a fim de promover o desenvolvimento cultural sustentável, reconhecendo e valorizando as identidades e memórias culturais locais – incluindo regulamentação de profissões de mestres detentores e transmissores dos saberes e fazeres tradicionais, ampliando as ações intersetoriais e transversais por meio das interfaces com a educação, economia, comunicação, turismo, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente, segurança pública e programas de inclusão digital, com estímulo a novas tecnologias sociais de base comunitária.

141 - Incentivar a criação e manutenção de ambientes lúdicos, para o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais em escolas públicas e espaços educacionais sem fins lucrativos, museus, hospitais, casas de saúde, instituições de longa permanência, entidades de acolhimento e abrigos, CAPs, CAPs – AD (Centro de Atenção Psicossocial), centros de recuperação de dependentes químicos e de ressocialização de presos (Apacs) e presídios.

SUB–EIXO: 3.2 - Cultura, Território e Desenvolvimento Local

152 – Promover, em articulação com o MEC, organizações governamentais e não
governamentais, a criação de cursos técnicos e programas de capacitação na área cultural para o desenvolvimento sustentável.

154 – Fomentar e ampliar observatórios e as políticas culturais participativas com o objetivo de produzir inventários, pesquisas e diagnósticos permanentes, também em parceria com universidades e instituições de pesquisa, subsidiando políticas públicas de cultura, articuladas intersetorialmente e territorialmente, com ações capazes de preservar os patrimônios cultural e natural, inserindo as histórias locais nos conteúdos das instituições educacionais, identificando e valorizando as tradições e diversidade culturais locais, aproximando os movimentos culturais das
questões sociais e ambientais, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável local e a redução das desigualdades regionais.

SUB–EIXO: 3.3 - Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo

165 - Promover e garantir o reconhecimento, a defesa, a preservação e a valorização do patrimônio cultural, natural e arquivístico a partir de inventários e estudos participativos, em especial nas comunidades tradicionais, estimulando o turismo comunitário sustentável, por meio da articulação interministerial com participação popular, que crie parâmetros para a atuação nessa vertente da economia da cultura e destine recursos, inclusive por meio de editais, para a implantação e o fortalecimento de roteiros turísticos que articulem patrimônio cultural, memórias,
meio ambiente, tecnologias, saberes e fazeres, valorizando a mão-de-obra local/regional, com a realização de ações voltadas para a formação, gestão e processos de comercialização da produção artístico-cultural da região.
175 - Valorizar as tradições culturais dos 5 biomas,o, como forma de proteção e sustentabilidade, bem como garantir a melhoria e conservação das vias de acesso a todos os municípios, revelando e valorizando suas potencialidades turísticas e culturais, com sua difusão em museus, sites específicos e redes sociais, preservando o patrimônio material e imaterial, regulamentando em lei o cerrado e demais biomas como patrimônio cultural.

EIXO 4: CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA

SUB–EIXO: 4.1 - Financiamento da Cultura


187 - Com base no art. 3º inciso III da Constituição brasileira que estabelece a redução das desigualdades sociais e regionais, que seja garantido o reconhecimento do “custo amazônico” pelos órgãos gestores da cultura em projetos culturais, editais e leis de incentivo, em especial pelo Fundo Nacional de Cultura, assegurando dotação específica e diferenciada para os estados da Amazônia Legal, considerando as dimensões continentais, as diferenças geográficas e humanas e as dificuldades de comunicação e circulação na região, incluindo o Custo Amazônico na Lei Rouanet no Fundo Amazônia.

192 - Garantir, com a aprovação da PEC 150/2003, ainda neste semestre, as políticas de fomento e financiamento, via editais, dos processos de criação, produção, consumo, formação, difusão e preservação dos bens simbólicos materiais, imateriais e tradicionais (indígenas, ribeirinhas, afrodescendentes, quilombolas e outros) e contemporâneas (de vanguarda e emergentes), facilitando a mostra de suas obras artísticas, garantindo direitos autorais e registrando os artistas e suas obras como patrimônio nacional.

SUB–EIXO: 4.2 - Sustentabilidade das Cadeias produtivas

230 - Ampliar os recursos públicos e privados, para a sustentabilidade das cadeias criativas e produtivas da cultura, valorizando as potencialidades regionais e envolvendo todos os setores da sociedade civil e do poder público no processo de criação, produção e circulação dos bens e produtos culturais, objetivando ampliar a circulação e a exportação dos produtos culturais brasileiros.
236 - Criar um programa nacional (por região) de capacitação de agentes e empreendedores culturais, com foco nas cadeias produtivas, contemplando a elaboração e gestão de projetos, captação de recursos e qualificação técnica e artística, ofertando oficinas, cursos técnicos e de graduação, em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES).

EIXO 4: CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA

SUB–EIXO: 4.3 - Geração de Trabalho e Renda


250 - Regulamentar as profissões da área cultural, criando condições para o reconhecimento de direitos trabalhistas, previdenciários no campo da arte, da produção e da gestão cultural, incluindo os profissionais da cultura em atividades sazonais.

252 - Investir na profissionalização dos trabalhadores da cultura, através da ampliação dos cursos de nível superior, técnicos e profissionalizantes, realizar concursos públicos em todas as esferas governamentais para o setor, equiparando nestes concursos o piso salarial de nível superior à carreira especialista em gestão pública ou equivalente e incluindo o reconhecimento de novas áreas de formação relacionadas ao campo.

EIXO 5: GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA

SUB–EIXO: 5.1 - Sistemas Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais de Cultura


262 – Consolidar, institucionalizar e implementar o Sistema Nacional de Cultura (SNC), constituído de órgãos específicos de cultura, conselhos de política cultural (consultivos , deliberativos e fiscalizadores), tendo, no mínimo, 50% de representantes da sociedade civil eleitos democraticamente pelos respectivos segmentos, planos e fundos de cultura, comissões intergestores, sistemas setoriais e programas de formação na área da cultura, na União, Estados, Municípios e no Distrito Federal, garantindo ampla participação da sociedade civil e realizando
periodicamente as conferências de cultura e, especialmente, a aprovação pelo Congresso Nacional da PEC 416/2005 que institui o Sistema Nacional de Cultura, da PEC 150/2003 que designa recursos financeiros à cultura com vinculação orçamentária e da PEC 049/2007, que insere a cultura no rol dos direitos sociais da Constituição Federal, bem como dos projetos de lei que instituem o Plano Nacional de Cultura e o Programa de Fomento e Incentivo a Cultura-Procultura e do que regulamenta o funcionamento do Sistema Nacional de Cultura.

279 – Criar um sistema nacional de formação na área da cultura, integrado ao SNC, articulando parcerias públicas e privadas, a fim de promover a atualização, capacitação e aprimoramento de agentes e grupos culturais, gestores e servidores públicos, produtores, conselheiros, professores, pesquisadores, técnicos e artistas, para atender todo o processo de criação, fruição, qualificação dos bens, elaboração e acompanhamento de projeto, captação de recursos e prestação de contas, garantindo a formação cultural nos níveis básico, técnico, médio e superior, à distância e
presencial, fazendo uso de ferramentas tecnológicas e métodos experimentais e produção cultural.

SUB–EIXO: 5.2 - Planos Nacional, Estaduais, Distrital, Regionais e Setoriais de Cultura

308 – Defender a aprovação do Programa Cultura Viva e o Programa Mais Cultura no âmbito daproposta de consolidação das leis sociais como políticas publicas de Estado, com dotação orçamentária prevista em lei e mecanismo publico de controle e gestão compartilhada com a sociedade civil.

310 - Garantir que as conferências nacional, distrital, estaduais e municipais de Cultura tenham caráter de política pública e que suas diretrizes e decisões sejam incorporadas nos respectivos Planos Plurianuais e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias, assegurando sua efetiva execução nas Leis Orçamentárias Anuais.

SUB–EIXO: 5.3 - Sistema de Informações e Indicadores Culturais

324 – Realizar imediatamente mapeamento preliminar das manifestações culturais, dos distintos segmentos (conforme a II CNC), dos povos e comunidades tradicionais (em conformidade com o decreto 6040), das expressões contemporâneas, dos agentes culturais, instituições e organizações, dos grupos e coletivos, disponibilizando o banco de dados resultante em uma plataforma livre de fácil acesso e com descentralização da informação; em paralelo, a criação de um órgão federal de estudos e indicadores culturais integrado ao SNC; mapear as cadeias
criativas e produtivas, empreendimentos solidários; investir em capacitação técnica de equipes locais; atualizar continuamente o mapeamento preliminar e gerar produtos tais como: roteiros e eventos de integração e intercambio; catálogos com as varias linguagens e manifestações, publicação de anuários e revistas.

336 - Implantar o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais e os respectivos sistemas estaduais e municipais, desenvolver mecanismos de articulação entre governo e sociedade civil, para facilitar e ampliar o acesso às informações e capacitar pessoal em todas as esferas, para a geração, tratamento e armazenamento de dados e informações culturais.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pré Conferencia Setorial de Cultura, de 07 a 09 de março 2010

A abertura aconteceu no Museu Nacional de Brasília, foram apresentadas as propostas da Conferencia que tem como objetivo principal o fomento da cultura e do ativismo cultural, sendo a conferencia então o coroamento de um processo que vem se construindo desde 2005 quando aconteceu a I Conferencia Nacional de Cultura.

Auditório lotado com cerca de mil pessoas de todos os seguimentos artísticos de todos Estados brasileiro. Representa sem dúvidas, um momento histórico na cultura do País.

Outro importante objetivo da Pré Conferencia Setorial é a renovação dos Colegiados Setoriais e a Elaboração de propostas para discussão dos cinco eixos da II Conferencia Nacional de Cultura, é também espaço para se discutir a criação do Conselho Nacional de Cultura e do Plano Nacional de Cultura. De fato são muitas as questões que fazem da pré conferencia um espaço para o exercício da democracia, por termos reunidos artistas de todo Brasil para a discussão de políticas publicas em todos as seguimentos artísticos, é um importante avanço e certamente resultado da permanente luta cultural. Só através de uma construção feita a partir de tantas vozes teremos uma cultura diversa e que respeite as especificidades de um país com extensão continental e com manifestações tão diversa, é necessário dar aos que fazem a cultura no país, poder de decidir o melhor para a realização de sua arte, transformando o processo institucional em política de estado sem deixar com que as mudanças de governo interfiram na execução e continuidade de nossas ações.

È certamente um processo de redemocratização da cultura, que constrói um processo político e participativo. Nesse momento a cultura vem sendo convocada para decisões antes tomadas apenas pela economia e administração, cerca 200 mil pessoas participaram das conferencias estaduais, quase três mil municípios realizaram de forma brilhante suas conferencias em todos os Estados Brasileiros. É um momento ímpar tendo em vista o publico presente, respeito a diversidade cultural e regional, muitos setores que não se relacionavam com Ministério da Cultura tem agora a chance de dialogar, sendo essa a grande diferencia em relação a I Conferencia Nacional de Cultura, possibilitando viabilizar mais ações para o fortalecimento da cultura Nacional, precisamos dar ao Ministério da Cultura um caráter multifacetado que respeite e valorize todas as formas de expressão, sem distinções ou privilégios.

Foram três dias de assembléias e discussões, apesar de termos representante com interesses e necessidades distintas, foi necessário estabelecer um espaço de diálogo aberto o que contribuiu para resultados e decisões que tentasse da melhor forma desenvolver espaço adequado para trabalharmos com estrutura e perspectivas claras, para tenhamos uma cultura que valorize os artistas e suas atividades, sem discriminação ou apadrinhamentos, fazendo com que a cultura seja igualitária e deixe de ser privilégio de alguns. Foi importante pois, termos aqui um panorama das ações e expectativas de todos Estados. O exercício da democracia não é fácil mais se faz necessário.

Os avanços nas discussões foram intensas e muitas vezes refletia um total desinformação por parte do todo, que tiveram aqui a oportunidade de diagnosticar nossa realidade e de certa forma estabelecer parâmetros para se pensar políticas mais igualitárias sem exclusão e sem privilégios.

Delegados Eleitos para II Conferencia Nacional de Cultura

• CENTRO-OESTE
Titulares
Rosa Coimbra (DF)
Sacha Witkowski (GO)

Suplentes
Denise Parra (MS)
Luciana Caetano (GO)


• NORDESTE
Titulares
Valdemar Santos (PI)
Silvia Moura (CE)
Odara Freitas (MA)

Suplentes
Sidelmonio Ribeiro (PI)
Liana Gesteira (PE)
Jaquelene Linhares (NA)

• NORTE
Titulares
Meire Maria (TO)
André Durand (AM)
Paulo Rodrigues (RO)

Suplentes
Claudir Cruz (RO)
Junior Uchôa (AC)
João Fernandes (AM)


• SUDESTE
Titulares
Solange Borelli (SP)

Suplente
Leonardo Serra (ES)


• SUL
Titulares
Marise Siqueira (RS)

Suplente
Rosane Gonçalves (RS)
Delegação da Dança na Pré Conferencia Setorial.

A plenária da Setorial de Dança realizada durante as Pré-Conferências Setoriais de Cultura teve como destaque a polêmica em torno da distribuição de delegados por região. A classe reivindicou que as divisões trabalhadas pelo Ministério da Cultura sejam feitas por estados, argumentando que a dança é muito diversa até mesmo dentro de cada região e que a diferença entre o número de estados por região deixa a representação prejudicada.

Outro ponto forte foi a alteração no Regimento Interno da Pré-conferência Setorial de Dança no que se refere ao número de delegados de cada região que participarão da II CNC. Pela norma anterior, a distribuição dos dez delegados deveria obedecer ao limite de dois por região. Com a mudança, foram definidos: 3 para a Região Norte, 3 para o Nordeste, 2 para o Centro-Oeste, 1 para o Sul e 1 para o Sudeste. Os representantes dessas duas últimas concordaram em ceder suas vagas para as demais.

Representantes das secretarias estaduais de Cultura de Minas Gerais e Bahia, do Instituto de Artes do Pará, do Sindicato de Dança do Rio de Janeiro, entre outras instituições marcaram presença.
Acompanhe aqui as propostas que serão levadas à II Conferência Nacional de Cultura (CNC)

Eixo 1 – Produção Simbólica e Diversidade Cultural
Criar, sistematizar e efetivar programas e projetos para a formação de profissionais na área, fomentando e facilitando a abertura de cursos de licenciatura e/ou bacharelado em dança nas universidades públicas brasileiras, além de outros mecanismos de reconhecimento e/ou qualificação para o ensino não formal.

Eixo 2 – Cultura, Cidade e Cidadania
Garantir a criação de uma Diretoria de Dança na FUNARTE e a implantação de diretorias e/ou coordenações de Dança na estrutura organizativa dos municípios, estados e Distrito Federal, com cargos ocupados por profissionais da área com reconhecida atuação no campo da dança.

Eixo 3 – Cultura e Desenvolvimento Sustentável
Criar marcos regulatórios (Lei da Dança), articulando ações entre o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Ministério da Cultura – MinC e Ministério da Educação – MEC que assegurem o pleno exercício dessa profissão, estabelecendo pontes entre esses e as instâncias estaduais, distrital e municipais.

Eixo 4 – Cultura e Economia Criativa
Criação e implementação de leis de fomento e fundos setoriais para a dança nas esferas federal, estadual, municipal e distrital, com dotação orçamentária definida, critérios transparentes de seleção e distribuição de valores.
Eixo 5 – Gestão e Institucionalidade da Cultura
Assegurar a versão completa do Plano Setorial da Dança, elaborado pelo Colegiado Setorial em 2009, para disponibilidade por um prazo mínimo de 45 dias para consulta pública, e que todas as sugestões e alterações sejam consideradas pela nova composição do Colegiado Setorial de Dança, e sua versão final seja legitimada pelas instâncias legislativas em caráter de urgência.